RT info:eu-repo/semantics/doctoralThesis T1 Gestão de resíduos hospitalares: Estudo de referenciais de boas práticas, com base na perceção e na avaliação do risco de exposição ocupacional num Hospital Central A1 Nunes Veiga Edra, Beatriz da Graça K1 Salud Pública K1 Salud Profesional K1 Medicina K1 Medicine AB A natureza, diversidade e perigosidade dos resíduos hospitalares (RH) exige procedimentos específicos nasua gestão. A necessidade de uma intervenção especifica sobre os RH, é incontornável na sociedade atual,pelas exigências de Saúde Pública e Ambiental, e obriga a que as instituições de saúde integrem o processo degestão de RH no seu plano institucional de gestão estratégica, tendo em conta uma perspetiva sociotécnica etendo por base referenciais de boas práticas associados. O presente estudo foi desenvolvido no CentroHospitalar de S. João (CHSJ) e teve 3 objetivos: 1) avaliar as práticas de gestão de RH e conhecer a perceçãodos riscos por parte dos profissionais de saúde relativamente aos RH em diversos contextos; 2) avaliar o riscopercecionado e 3) propor referenciais para um guia de implementação de boas práticas com vista à melhoriacontínua. Para a concretização destes objetivos desenhou-se um estudo observacional, descritivo ecorrelacional de caráter transversal, utilizando como instrumento de recolha de informação um questionário(já validado). Foi aplicado a uma amostra de 1800 profissionais da área clínica, dos quais se obteve uma taxade resposta de 44%, com 789 inquéritos devidamente validados dos diversos grupos profissionais (auxiliaresde ação médica, enfermeiros e médicos, de 31 serviços da unidade de saúde CHSJ. As categorias profissionaisselecionadas para este estudo foram médicos, enfermeiros e auxiliares de ação médica.Neste trabalho, avaliaram-se as práticas relativas à gestão de RH, por parte de todas as categoriasprofissionais e a perceção de risco dos profissionais relativa aos diferentes grupos de RH e sua gestão, osresultados mostram que 79% dos profissionais estão em contacto diário com os RH, sendo os enfermeiros acategoria que tem contacto mais frequente com os RH, seguindo-se os auxiliares e os médicos. Relativamenteàs práticas de triagem, o conhecimento relativo ao Grupo I e II é adequado, sendo que os profissionais desaúde apresentam dúvidas na prática de triagem relativamente aos RH que pertencem ao grupo III e IV, porexemplo os fármacos rejeitados com uma percentagem de 48,7% de respostas não conformes e as peçasanatómicas não identificáveis com 53,7% de respostas não conformes. Verificou-se que os profissionais queapresentam conhecimento inadequado, demonstrado pela triagem incorreta dos RH, encontram-se, emtermos de prevalência, sempre ou frequentemente em contacto com a tipologia de RH questionada,demonstrando assim a necessidade de aquisição de conhecimento especifico.A perceção de risco dos RH associado à Saúde, é elevada para 43,2% dos profissionais, e muito elevadapara 36,5% dos inquiridos. O Ambiente é o item em que 49,7% dos profissionais consideram existir um riscomuito elevado e 35,6% consideram-no elevado. Relativamente aos outros objetos de risco questionados,como para a Saúde dos profissionais, doentes e trabalhadores dos serviços de suporte, não existemdiferenças significativas por parte dos profissionais que consideram existir um risco elevado de uma formaconsensual em todos os itens referidos. A menor perceção de risco está associada aos visitantes, para osquais só 25,7% dos profissionais consideram existir risco elevado. Foram analisados outros contextos deperceção de risco por parte dos profissionais, relativamente ao tipo de RH e prática de triagem, para a Saúdee para o Ambiente, e às várias etapas de gestão de RH e em relação ao risco de tratamento/destino final dosRH de acordo com os dispositivos de acondicionamento, para a Saúde e para o Ambiente. Os dados mostramque a perceção de grau de risco dos RH e o grau de risco dos mesmos, mais especificamente para a Saúde deAmbiente, estão correlacionados num sentido direto.A avaliação do risco percecionado, englobou a análise de um conjunto de itens, nomeadamente ainformação relativa aos acidentes ocorridos e os resultados mostram que 23,2% dos profissionais teveacidentes com RH. Dentro destes destacam-se os acidentes com materiais corto perfurantes, 44% dosprofissionais inquiridos já tiveram ocorrência de acidentes com este tipo de material. A perceção de riscosnos diferentes contextos, apresenta diferenças nas três categorias profissionais, no entanto, dentro destas,não existe diferença desta perceção entre os profissionais, que já sofreram acidentes com RH e os que nãosofreram Apesar de 95,3% dos profissionais reconhecer a pertinência da formação e 55,9% terem participadoem acções de formação, 39,5% não frequentaram qualquer tipo de formação. Dos profissionais que tiveramformação, 76% referencia que as formações abrangeram os riscos associados à Saúde e Ambiente, mas só31,9% considera que os conhecimentos dos riscos inerentes aos RH são suficientes.Tendo por base a avaliação das práticas, perceção do risco e avaliação do risco dos RH definiu-se de umGuia de Implementação de Boas Práticas tendo por base um conjunto de Referenciais associados à Gestão deRH em diferentes domínios. YR 2019 FD 2019 LK http://hdl.handle.net/10017/42612 UL http://hdl.handle.net/10017/42612 LA por DS MINDS@UW RD 20-abr-2024